14 de novembro de 2010

Dezesseis de novembro de dois mil e dez

Ultimamente não tenho precisado de muitas palavras. Textos pequenos e diretos. Será ruim? Será uma fase? Esse será curto, rápido e focado. Sim, focado levando-se em consideração minha escrita perturbada. Acontece que eu a amo e isso diz tudo. Não encontro palavras mais fortes, porque, se houvesse, eu as diria. Eu me lembro de amigos que já me disseram "quando eu tiver uma filha, quero que ela seja como você, Manu", ou qualquer um que já tenha me elogiado, ou elogiado meu caráter. Eu lembro, porque eu sei que eu seria um monstro se não fosse por eles. E a ela devo meu gosto a literatura, a línguas e a escrita. A ela devo a atenção à gramática e todo esse jeitinho culto que ela tem e eu imito. Porque pareço com ela e não é só na aparência. E, sabe, eu tento imitá-la cada vez mais, em cada vez mais aspectos. Talvez um dia eu consiga imitar direito e me torne uma mãe tão insuperável; uma esposa maravilhosa; cristã exemplar; aluna, e tudo o mais que ela consegue ser sendo uma só.

Mãe, me perdoa por como agi hoje. Eu reconheço meus defeitos e me arrependo. Mas sinto muita, muita saudade e foi horrível passar meu aniversário sem vocês, agora é horrível passar o seu sem te ver. Feliz aniversário, mamãe. Obrigada por existir.

2 de novembro de 2010

O Q IMAGINA NESSE EXATO MOMENTO? PENSE EM ALGO QUE QUEIRA MUITO FAZER, ALGO REALMENTE INOVADOR. UM LUGAR ONDE QUERIA ESTAR.. TAITÍ? HAVANA TALVEZ. COM QUEM ESTARIA?

Eu, am.. Gostaria de estar deitada na grama olhando as estrelas. Deitada no peito de alguém que também deita na grama mexendo nos meus cabelos. Mas não qualquer um. Qualquer lugar, só não com muita luz, pra poder ver as estrelas. E silêncio, pra ouvir a respiração da pessoa que ouve meu coração acelerar.

O que queres que eu te diga? :D

31 de outubro de 2010

hum.. quando alguém fala em Deus qual a primeira coisa que vem no seu pensamento?

É Deus, ora... Deus é amor, misericordioso, magnífico demais pra qualquer mortal... Penso na grandiosidade, na imensidão do Seu poder, na beleza do Seu caráter e em como eu (nem ninguém) vai nunca conseguir chegar perto de conhecer Sua personalidade corretamente. Deus; é muito no que se pensar. E sempre me leva a me arrepender, de tudo, tudo. De ter sentido vontade de dizer um palavrão quando bati meu dedo na parede, de ter desobedecido aos meus pais. Essa é outra parte de Deus da qual muitos esquecem frequentemente: o Espírito Santo. E, sabe, Ele habita em nós. É quem nos faz perceber: caramba, eu vacilei. Mas Ele também é o Deus Filho, que se fez homem e deu a própria vida pra que nós não perecessemos mas tivéssemos a vida eterna! É simplesmente maravilhoso demais pra descrever. Você precisa experimentar.

O que queres que eu te diga? :D

11 de outubro de 2010

É por coisas como esta que não se deve questionar o amor

Foi um dia perfeito. Um dia como poucos já conseguiram ser. Eu fui feita feliz. Pessoas a quem amo me fizeram feliz, desde a noite anterior. Saí de casa, aproveitei o meu dia, aproveitei o meu momento. Chegando em casa, mais doces pro meu ego. Mensagens carinhosas, incluindo a sua. Eu estava lendo e respondendo a cada uma com carinho. No momento em que vi a sua, as lágrimas jorraram como se tivessem sido acumuladas por um longo tempo. E foram. Eu vi seu rosto lá, vi seu desejo de bons acontecimentos na minha vida. Isso doeu tanto. E dói ainda mais pelo quanto você não faz idéia disso. Você nem imagina que eu sofro. E, conhecendo você, isso não faria muita diferença. Acho que essa foi a primeira mensagem via internet que você me mandou nas nossas vidas. E por que? Por que assim manda os costumes e a etiqueta, não é? Machucou. E, ao mesmo tempo, foi maravilhoso ver que não fui esquecida por você, pelo menos no meu aniversário. Você nem sabe, não é? Você nem sabe que o amo, nem sabe que tenho tido o coração riscado cada vez que ouço seu nome, cada vez que me lembro do quanto você despreza a própria vida. Por que você despreza sua vida enquanto estamos nós aqui sofrendo tanto por você? Você possui uma das mentes mais brilhantes que eu já vi e conheço, mas, será que isso não é o bastante pra te dar senso e razão? Será que isso não te tira essa cegueira de pensar ser tão auto-suficiente em si mesmo? Você era meu exemplo até o momento em que mostrou ser menor que o próprio orgulho. Você tem feito as piores escolhas em cujas conseqüências eu não suporto sequer começar a pensar. Eu só queria ter voz pra você, só queria que você ouvisse poucas palavras do muito que tenho a dizer. Mas você não ouve, nem nunca ouviu. Você é uma das causas pelas quais me desespero na presença do meu Deus, do qual você mesmo precisa tanto e faz questão de continuar fingindo que não. Mas saiba que eu sempre estive aqui, lutando por você, disposta a fazer o que quer que seja, amando você independente do fato de você não me amar mais. Eu estou aqui, meu primo querido, porque nada que você possa fazer à sua vida mudará o fato de que nós dois somos primos.

5 de outubro de 2010

Desventuras de uma artista perturbada.

Não sei se o ‘problema’ sou eu, deve ser. Mas a Música é algo magnífico demais para mim. Sempre senti isso. Minha mãe me conta sobre quando eu tinha uns três aninhos… Reunião de família, almoço na casa da vovó, primos nos quartos dos tios mais novos… Ela conta que eu chegava chorando muito do nada. Ela perguntava: “O que houve, minha filha?”, eu dizia: “Música triste!”, numa vozinha errada e gemida. É, a Música sempre me afetou muito. Ela muda meu humor. Sim, ela tem esse lindo poder sobre mim. Depois da fase “musca tiste” - que inclui todos os dias escutando clássica e dançando ballet assim que chegava da aulinha - comecei a estudar piano, comecei a me musicalizar, de verdade. Eu ia bem. Tinha um ouvido musical maravilhoso. Mas eu era desleixada e preguiçosa - sim, desde criança. E pensava que o piano tinha a obrigação de me fazer tocar bem. Quando descobri que ele não faria isso, parei de tocar. Eu era uma criança ridiculamente idiota e mimada, mesmo. Foi o segundo pior erro da minha vida. Foi então que comecei a pintar - sim, pintura em tela com tinta a óleo - e fazer aulas de teatro. Pintei e atuei por uns dois anos e parei porque era irresponsável ao ponto de precisar sacrificar o tempo da pintura e do teatro com estudo - ou fingimento. Então, parei o piano, parei a pintura, parei o teatro, mas a dança continuava. Eu comecei a dançar aos quatro de idade. E a dança te dá rítimo, mesmo que não dê musicalidade em si. E com o sapateado fui me mantendo bem na questão do rítimo - bem pra quem não estudava mais música. Então, - depois de uns quatro anos - com todos os olhares irresistíveis que meu piano me dava todos os dias, resolvi voltar a tocar. Tarde demais? Talvez, mas eu tentei. Tentei e venho tentando. Dancei por cerca de dez, onze anos de minha vida, parei com quinze anos. O motivo? Fui desestimulada por certa situação e negligente com certa outra - ou seja, burrice. Mas eu sinto falta, sim, da dança. Impossível não sentir quando se dança desde os quatro. Mas, mais ou menos aos treze anos, comecei a ler. Me envergonha ter começado tão tarde, mas é fato. E, começando a ler, comecei a escrever. E ler e escrever, hoje, nem parecem mais atividades. São hábitos, hábitos necessários. Voltei a tocar não faz muito tempo, mas já consigo ler, mesmo que com dificuldade, bastantes músicas. Não, nunca é o bastante. Digamos que minha leitura não é de toda ruim. Mas aí, a vida me puxou a orelha. Pensando no futuro, pensando em profissão, vim ao Canadá estudar inglês. Parei minha música, de novo, e isso me tortura. Porque sinto que já perdi tempo o suficiente. Não me sinto musicalizada o suficiente, não me sinto culta musicalmente. E esse é meu anseio, ou um deles. O estudo de línguas estrangeiras é um deles, mas é difícil balancear. Penso em voltar a pintar, penso em aprender a cantar, penso em aprender a tocar mais uns três instrumentos, e penso em estudar alemão enquanto estiver na faculdade de Letras. O que será de mim, dos meus anseios? Um ano como o próximo requer estudo absurdo o bastante pra não me permitir nada disso. E mesmo que eu entre numa faculdade, preciso me dedicar porque não há muitas portas no mercado de trabalho pra quem se forma em Letras. E meus sonhos? E os livros que escrevo e ainda quero publicar? E as músicas que quero compor? E os instrumentos que quero tocar? E os quadros que quero pintar? E as línguas que quero falar? Onde, ou quando tudo isso vai ficar? Essa é minha angústia.

25 de setembro de 2010

Não podemos provar o contrário, com certeza! Miss Price, desejo-lhe um destino melhor do que ser esposa de um homem cuja amabilidade depende de seus próprios sermões, pois embora ele fique de bom humor aos domingos, é insuportável ouvi-lo reclamar da comida desde a segunda-feira de manhã até o sábado à noite”.
“Eu creio que um homem que pudesse brigar frequentemente com Fanny”, disse Edmund afetuosamente, “deve estar fora do alcance de qualquer sermão.”
Fanny aproximou-se da janela e Miss Crawford só teve tempo para dizer, de maneira agradável, “Suponho que Miss Price está mais acostumada a merecer elogios do que a ouvi-los”.

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

Explicando esse também: Miss Price e Fanny são a mesma pessoa.

24 de setembro de 2010

Mr. Crawford sorriu e caminhou em direção à Maria, disse tão baixinho que só ela poderia ouvir, “Eu não gosto de ver Miss Bertram tão perto do altar”.
Instintivamente a moça deu um ou dois passos, recuperou o fôlego e com um sorrisinho perguntou para o rapaz em um tom mais baixo ainda, “E se você me conduzir?”
“Receio que seja um pouco desajeitado!”, foi sua única resposta com um olhar significativo.

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

Esse aqui eu tenho que explicar: Maria e Miss Bertram são a mesma pessoa, que está noiva de um cara que não é Mr. Crawford. Mas Mr. Crawford tem nítido afeto (proibido) por tal dama, e ela não resiste a ele. #LoveJaneAusten

O grupo inteiro se levantou e sob o comando de Mrs. Rushworth passaram por diversos cômodos, todos muito espaçosos e ricamente mobiliados no estilo de cinquenta anos atrás. Os pisos eram lustrosos e de madeira sólida, havia ricos tecidos, mármores, dourados e esculturas, cada uma mais linda que a outra e uma enorme quantidade de quadros, sendo alguns realmente bons, mas a grande maioria deles eram retratos de família, de pessoas que só Mrs. Rushworth conhecia e cujos nomes ela aprendera com muita dificuldade e com a ajuda da governanta, que também parecia muito interessada em mostrar a casa. Naquele momento ela se dirigia a Fanny e a Miss Crawford, porém não se podia comparar a atenção com que cada um ouvia. Miss Crawford que tinha visto muitas casas suntuosas e nunca se interessara por nenhuma, aparentava ouvir só por delicadeza; enquanto Fanny, para quem tudo parecia novidade escutou com o maior interesse tudo o que Mrs. Rushworth mencionava sobre seus antepassados, suas origens e grandeza, as visitas reais, encantada por ligar os feitos a algo que realmente se passou na história, ou aquecer sua imaginação com cenas do passado.

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

22 de setembro de 2010

"Ela não era convidada com freqüência a participar da conversa das outras mulheres e nem sentia vontade. Seus pensamentos e reflexões normalmente eram seus melhores companheiros."

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

12 de setembro de 2010

O amor que tu me tens e sempre tiveste.

É inevitável. Falar de ti é meu vício contínuo. E, sabe, era mais fácil quando a rotina me permitia escrever-te cartas. Tu já foste tantos. Já foste real, mas, na maioria das vezes, és imaginado. Idealizado. Meus amigos me condenam por isso. "Você nunca encontrará um príncipe encantado". Não consigo evitar continuar pensando que sim. É um tipo de fé irracional, a minha, não? Que seja, sou assim. Irracional e cheia dessas loucuras ingênuas que nunca me deixam. Será que és uma delas? Será que o resto do mundo está mesmo com razão? Será que não és meu príncipe? Eu oro tanto. Oro para me tornar alguém suficientemente bom para ti. Acho que é isso que devo fazer. Ser suficiente para ti, pois sei que és bom demais. És minha promessa e meu alvo. Será que estou mesmo tão errada ao pensar assim em relação a ti? Oh, meu bem, não mude. Se o mundo estiver certo, essa frase é mesmo verdade: a felicidade é inversamente proporcional ao conhecimento. Estou feliz em toda minha idealização. Talvez quando te tornardes tão cheio de defeitos e traços os quais eu tenha que entender, te tornes ruim. Mas, não, não consigo imaginar, sequer. Talvez esse futuro tão esperado esteja cheio de 'cascas de banana'. Porque o relacionamento humano é cheio de cascas de banana, todo o tempo. Cito o que já antes escrevi: "Pessoas são bichos complicados, logo, casais são complicados em dobro". O certo é que não existe 'alma gêmea', ou duas pessoas que se entendam perfeitamente. Mas existem aquelas que se esforçam mais, e é isso que nos torna um. Tu sempre estiveste no meu coração, e o amor que sinto por ti sempre existiu. Não sei como, não sei porquê, mas é assim. E está guardado, até um grande dia. Um lindo e maravilhoso dia quando saberei quem verdadeiramente és, e a quem verdadeiramente entregarei esse amor, esse coraçãozinho complicado que é o meu. A ti, meu príncipe, quem quer que sejas.

26 de agosto de 2010


I miss you. I miss you as much as I miss my best friends. You know,you are better than them. You are always with me, and for me. You are the reason that my days are good, because you are the way I can express myself. You are equal to my Portuguese,and, definitely, that is the most important place in my World. There you are, in every little place, all the time being used, and all the time making me to understand myself and the things of my life. Thank you, dear. I thank you for each note, each sound, and each feeling you made me feel. I love you, and I miss you.

21 de agosto de 2010

Away from my Universe.

Ultimamente algo tem mexido comigo. Eu tenho falado, não tenho escrito. Tenho parado, não tenho viajado. E isso é ruim. É ruim para alguém cuja essência está num ‘mundo’ por ela mesma criado. Se saio desse mundo, saio de mim. E se saio de mim, adoeço. Adoeço por não conseguir mais aquela conexão tão íntima que me fazia escrever - tenho escrito pelo hábito, ou pela simples saudade de saber escrever - se um dia soube. Adoeço por saudades. Adoeço porque tudo se multiplica, maleficamente, quando estou só. Sim, querido, estou só. Porque ninguém nesta nova realidade é suficiente quando me lembro de você. Por incrível que pareça, Manuela, sua querida auto-crítica pode estar te prejudicando. É, pense um pouco! Ela é sua segurança para melhorar, ou pelo menos tentar. Mas ela não tem mais deixado você viajar! A idéia do exagero está tatuada em sua mente, e você não se permite pensar mais! Nem mesmo no íntimo de sua própria mente! Ora, ninguém lê mais você, então viva! Mesmo que alguns ainda tentem, eles não são o príncipe de sua Utopia, pelo menos ainda não! Pois vá, criança, expresse-se! Sem medo de parecer ruim, sem medo de ir contra qualquer coisa. Você nunca irá contra si, e isso é o que realmente vale. Porque, se no seu íntimo houver amor, será amor que transmitirá, e será amor que tenderá a querer. Ah, sim, chegamos ao outro ponto dessa doença. Querer o amor pelo simples fato de amar demais. Será que faz sentido? Mas, que faça, que não faça, não importa. Essa é minha lógica.

E quanto a todo o resto das minhas fantasias? Elas ainda são. E persistirão. Mesmo contra crítica e contra realidade. Elas são e, quem sabe um dia, frutificarão! E este dia será o mais lindo da minha vida, até que eu me case. Mas isso seria uma outra frutificação, de uma outra fantasia. Amém.

"Era uma vez um rapaz que queria realizar o Desejo de seu Coração.
E apesar de esse início não ser totalmente original (pois todas as histórias sobre rapazes que já existiram ou vierem a existir poderiam começar de modo semelhante), nesse rapaz e no que lhe aconteceu havia muita coisa extraordinária, embora nem mesmo ele tenha jamais chegado a saber a história por inteiro."

Fragmento de “Stardust - O Mistério da Estrela”, de Neil Gaiman.
"Então não há nenhuma objeção à ida de Fanny, assim como não há dúvida quanto a um lugar para ela na carruagem.”
“Fanny?”, repetiu Mrs. Norris. “Meu querido Edmund, não tivemos a ideia de levá-la conosco. Ela ficará com sua mãe. Eu já disse a Mrs. Rushworth, ela não é esperada”.
“Presumo que a senhora não tenha nenhuma razão para desejar que Fanny não faça parte do grupo, a não ser que seja pela senhora mesma. Para o seu próprio conforto”, disse Edmund, dirigindo-se à mãe. “Se você pudesse ficar sem a companhia de Fanny, desejaria mantê-la em casa?”
“Eu lhe asseguro que não, mas não posso ficar sem ela”.
“Sim, você pode ficar sem a companhia de Fanny, desde que eu fique em casa com você, como pretendo”.
Houve um alvoroço geral em resposta às suas palavras. “Sim, não há necessidade de eu ir e desejo ficar em casa. Além disso, Fanny deseja conhecer Sortherton. Eu sei que ela anseia por isso. Ela não costuma ter gratificações como essa e tenho certeza mamãe, que você terá a satisfação de dar a ela esse prazer, não é mesmo?”
“Oh, sim! Ficarei muito contente se sua tia não fizer nenhuma objeção”.
Mrs. Norris prontamente apresentou a única objeção que havia - o fato de terem confirmado a Mrs. Rushworth que Fanny não poderia ir. E ficaria muito estranho se ela aparecesse, o que lhe parecia uma situação muito difícil de ser resolvida. Certamente seria uma estranha aparição! Seria algo sem formalidade, faltando com o respeito a Mrs. Rushworth, que é muito educada e cortês, porém não aprovaria. Mrs. Norris não tinha afeição por Fanny e não tinha a menor intenção de oferecer-lhe qualquer momento de prazer; porém, sua objeção a Edmund no momento, surgiu principalmente por causa de seu próprio plano, do que por qualquer outra coisa. Ela acreditava que havia organizado tudo tão bem e que qualquer alteração nos planos deveria ser pior. Portanto, quando Edmund disse-lhe que ela não precisava ficar angustiada por causa de Mrs. Rushworth, já que ele teve a oportunidade, ao acompanhá-la até a saída de casa, de mencionar que Fanny provavelmente iria e recebera o convite diretamente para a prima. Mrs. Norris, que estava contrariada para se alegrar, apenas disse, “Muito bem! Muito bem! Faça como quiser! Eu lhe garanto que para mim tanto faz”.
[…]
“Fanny ficará muito agradecida pela deferência da ocasião”, foi a única resposta de Edmund, encerrando o assunto."

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

Vinte e quatro de Julho de dois mil e dez.

Hoje foi incrível. Não melhor que outros dias, não, mas foi demais. Passamos o dia inteiro num shopping, andando mais do que fazendo qualquer coisa. E depois, à noite mesmo com sol, fomos ver a competição de fogos de artifício na praia. Hoje a Espanha se apresentou. Chegamos, ainda havia sol, um sol lindo, se pondo, alaranjando tudo e todos. Nos sentamos na grama e esperamos. Descobri mais uma coisa pra lista das coisas que eu mais odeio no mundo, mas acho até que ela já estava: fumantes (fumando). Ah! que coisa ridícula. Me senti uma fumante passiva com quatro animais ao meu lado. Essas pessoas não têm senso, viu. Não ligam pra própria saúde NEM pra dos outros! Então, o show durou vinte e cinco minutos. Foi até bonito e tudo, mas eu já vi muito melhores. Assim que acabou, chegou um cara com um tam-tam e sentou num banco perto de nós. Gente, que cara pra se garantir, viu. Nossa. Colocou um chapéu no chão e começou. Carumba! Foi o melhor percussionista que já tocou pra mim! (Ele conseguiu a proeza de superar meus prediletos: o Gui e o João). Por aí você tira, leitor imaginário, o quanto esse cara se garantia. Então, acabou o show e chegou a parte legal: a volta pra casa. Esqueci de contar o pequeno detalhe da MULTIDÃO. Nunca estive, em toda minha vida, no meio de tanta gente como hoje. Era muita gente MESMO! Então, imagine: o ônibus que pegamos da estação de skytrain pra praia não passava mais, por conta do horário e do movimento. A cidade estava um inferno. Muita gente bebendo e ficando bêbada, o trânsito uma loucura, polícia pra todo lado, super preparada, um inferno. Nós devemos ter andado, até a estação de skytrain, uns vinte quarteirões, sem exagero. Não foi tão cansativo quanto parece porque não fez calor. Devia estar uns vinte graus. Bem, foi supimpa hoje. Mas o melhor, melhor até do que os fogos, foi o percussionista.

21 de julho de 2010

Mais do Meu Edem.

Há cães, de todas as raças, de todos os tamanhos. Dóceis e companheiros. Os mares têm águas mornas, nem quentes demais nem frias demais. E quando saímos da água, não há vento que nos cause frio por estarmos molhados. As montanhas são altas o bastante para que haja neve no topo e, ao mesmo tempo, baixas o bastante para que não nos cansemos da escalada. Nunca faz muito calor, nem muito frio. A grama é como um infinito carpete, sem bichos nem terra suja, e suas folhinhas não pinicam na pele. As noites sempre são muito estreladas, e a fase da lua é escolhida por nós. Há tantas flores quanto estrelas no céu. Flores de todas as cores, fragrâncias e tamanhos. Flores com muitas cores, até. As frutas são muitas, também. Todas perfeitas, para nós somente. Tudo é muito calmo e aconchegante. Sempre. […]

18 de julho de 2010

Sinto falta.

Sinto falta de escrever, sabe, Fulano? Antes, me parece, era mais fácil. Sem muitas novidades, ou alterações numa rotina estúpida. Penso eu, era mais fácil me concentrar ou me inspirar pra reclamar da vida. Ou será que estou perdendo minha escrita? Isso me apavora completamente. Não poderia perder minha escrita. Não! Escrever é natural, pra mim, não pode deixar de ser. Nunca! Sinto falta de parar a mente, descansar, e viajar pelo Meu Mundo, tranquila, sem outras coisas quaisquer que me requeiram mais atenção que meu mundo maravilhoso. Preciso incluir todas essas atuais e maravilhosas experiências no Meu Mundo. Ah, sim! Precisa haver geleiras e casinhas lindas no meio de montanhas lá também. É isso, Manuela, filtrar a realidade e inserir o mais doce e belo dela no Meu Mundo. Ah, como está, por mais difícil que me pareça, ainda mais belo e perfeito do que antes! Mas, Fulano, a vida deve ser isso mesmo, não é? Viver e aperfeiçoar nossos próprios mundos à medida que vivemos. Nunca piorá-lo, pois My Wonderland é minha Utopia particular. É único, meu, feito por mim. Ah, é maravilhoso viajar no Meu Mundo. Você, Fulano, nem, talvez, após minha morte, poderia entrar completamente nele. Talvez sobrevoar, ou até, quem sabe, eu poderia permitir algum tipo de city tour… Mas aí teria que ser um “mega-mundo-tour”. Ainda assim, Fulano querido, não conheceria Meu Mundo. (Conhecer, preste atenção ao significado do verbo). [http://meupenseiro.blogspot.com/2010/04/campos-floridos-frescor-dos-ventos-azul.html]

8 de julho de 2010

Diário de bordo. - haha!

Muito legal e satisfatório viajar a outro estado depois a outro país bem longe do seu quando se está doente. Não quero ser, nem parecer, a reclamona, mas estou muito indisposta, hoje. Garganta doendo, corpo todo, cada músculo também, e o nariz, meu fiel inimigo, está como poucas vezes esteve.

Estou mais calma. Já estamos com um bom tempo de voo e estou assistindo ao show do John que eu tenho no iPod. Pelo menos não estou com fome, nem com vontade de fazer xixi, porque, o frio está insuportável! Estou de blusa de manga comprida e de moletom, mas está horrível, aqui! Não vim de tênis, como sempre viajo, e meus pés, já não os sinto direito! Certo, sinto sim, mas estão feito pedras de gelo! Meu nariz e minhas mãos idem! O Marcelo aqui do lado fica jogando no Nintendo DS dele, e a todo tempo me mostrando alguma coisa nalgum jogo besta. Queria, às vezes, que ele fosse uns sete ou oito anos mais velho. Sabe, se fosse oito anos mais velho, nove mais oito são dezessete. Ah, seria ótimo! Teria um lindo e ciumento irmão mais velho de dezessete anos, que aprenderia comigo, ainda assim, e me ensinaria, um pouco mais. Acho que a parte dos jogos bestas persistiria, mas com certeza ele seria muito maduro e inteligente pra idade, o que já é, e me faria uma companhia grandemente melhor! ‘Tadinho. Eu o amo tanto, com nove aninhos, com esse corte de cabelo que eu detesto, com esses barulhos tão irritantes quanto os comentários, ambos dos joguinhos. Mas, talvez, se fosse oito anos mais velho, eu sentisse falta de um caçula tão doce e meigo.

Chegamos no Rio. Fizemos o check in e já começamos a ver gringos. Já estou mais nervosinha, vendo tanto louro falando inglês. Um tio da mamãe veio aqui com a esposa nos ver, e estamos, agora, batendo um papinho carioca. Já falamos da violência, de baralho, agora estamos tentando comprar um par de meias pra burra que veio de chinela – eu. A internet aqui é paga, adorei a notícia. Já twittei um pouquinho pelo meu celular, já que, pagar por pagar, prefiro pagar com segurança. Não deu pra ver o Cristo do avião, mas o Rio é mesmo lindo, mesmo dentro duma janelinha de avião.

Pensei que o voo Fortaleza – Rio tivesse ganho o prêmio de pior voo que eu fiz em toda a vida. Mas ele perdeu o prêmio imediatamente para o Rio – Atlanta. Meus lábios estão queimados, meu nariz todo ferido por dentro e escorrendo a todo tempo, meu corpo dói e todo o resto dos sintomas já descritos. Mas tudo piorou. Passaram quatro filmes durante o voo, mas só vi dois: um cujo nome não me lembro, e o outro foi Idas e vindas no amor, acho que é assim o nome. Outro foi o filme do livro que eu tava querendo ler o (esqueci o nome, droga), que eu não quis assistir, pensando em ler o livro. Foram dez péssimas horas de viagem, congelando e sofrendo, com sono e gripe. Bom, agora estou no avião que me levará a Vancouver! Até que enfim. Ainda assim, serão outras muitas horas de voo. Well, tenho que desligar agora, o avião vai decolar.

6 de julho de 2010

Terça-feira, seis de julho de 2010.

É muito lógico da natureza humana sentir-se muito bem quando muito querido. É lógica. Mas, falar da minha inimiga lógica também seria uma boa. Pode perceber: quando paparicamos uma criancinha, alimentamos seu ego, elas ficam muito felizes, muito agradadas. Cara, não posso deixar de me sentir assim quando todos aqueles que fazem parte da família que eu escolhi - amigos são a família que escolhemos ter - dizem, sinceros ou não, que sentirão minha falta pelos cinco meses que passarei fora do país. Isso é bom! Agradável ao extremo. Alimenta meu ego, mas além disso, é tão bom se sentir querida! É bom quando - de verdade ou de mentira - eles desejam coisas boas a mim, desejam que eu suba na vida. É maravilhoso sentir, mesmo que alguém minta, que não causo assim tanto mal a eles quanto penso que causo. Porque minha autocrítica é bastante pra ter certeza de que não sou a melhor amiga que se pode ter, e isso me incomoda, porque eu tenho os melhores amigos que se pode ter. Fui abençoada, no dia de hoje, e vivi este dia como nunca tinha vivido na presença deles. Fui sem medo de estar feia, sem medo de tratar mal, de magoar alguém. Nem sei o que a viagem tem a ver com isso, mas eu estava assim, e foi maravilhoso! Que eu não seja esquecida por nenhum deles, e principalmente, que a falta de convivência não afete TANTO - porque sempre afeta - a confiança que eles têm em mim, o carinho, o hábito de me contarem sobre suas vidas e de fazerem questão da minha companhia ou da minha opinião. Gente, eu preciso disso, preciso ser, sempre, parte das vidas de vocês. Amor.

15 de junho de 2010

'It's like a desabafo' - do qual rio.

Ai, Fulano, isso é péssimo! Odeio me sentir tão assim! Achar que preciso de um desses, achar que preciso desse. Me deixa mal. Me deixa muito mal pensar ter esse tipo de vazio, e pior ainda, não encontrar preenchimento. Me deixa péssima pensar que o que viso não mereço, ou, simplesmente, não sou percebida. Isso me deixa mal, sim. Sei que não deveria, mas sinto-me assim. É ruim não se sentir percebida. Gostaria de ser percebia por quem percebo. PERCEBER, é querer demais? Acho que o perceber diz muito menos do que pensarão meus futuros leitores, aqueles que vierem a ler este texto. Muito menos, meus queridos. Perceber, apenas. O resto é consequência.

13 de junho de 2010

Só mais uma de minhas loucuras ingênuas.

É tão estranho, não é? Perceber certas pessoas, certos traços. Perceber mais pessoas e traços do que se costuma perceber. Estranho. Parece, até, meio desesperador, às vezes. É ruim. Isso é muito ruim, pra mim. Perceber e reparar em coisas ‘indignas’ de percepção desse tipo, isso não é bom, não. Há de haver certo grau de importância, de conhecimento, de inteligência, de convivência. Há de haver muitos aspectos a serem criticados racionalmente. Há de haver música. Há de haver meios através dos quais não se cometa mais os mesmos erros de sempre, ou pior, os mesmos erros de antes. Porque, isso sim, seria terrível. Cometer o mesmo erro, deixar-se levar pelas mesmas desgraçadas exceções, isso sim seria o pior.
Mas há de se saber que algo melhor é esperado, e cumprir-se-á! Algo melhor, algo certo. Algo insuperável, inconfundível e absoluto. Eterno. Há de haver discernimento. Há de se saber com certeza no que investir e no que apostar. O que aceitar. Há de se esperar, de se aprender, de se crescer. No fim de tudo, então, há de haver o ideal.

7 de junho de 2010

"- Srta. Kook, - ele falava tão baixo e pausadamente que, mesmo com palavras proferidas em presença, era difícil entender – conhecemo-nos há muitos anos. E creio ser essa a razão do meu tão grande apreço pela senhorita. Conheço-a bem o bastante para saber seus gostos e desgostos, seus princípios, seus valores, seus talentos, seus defeitos e suas virtudes. Julgo ser esse o real motivo de todo acelerar de minhas pulsações em cada um de nossos encontros. Querida Gina, quando tinha apenas treze anos era a criatura mais teimosa do universo. Era teimosa, mas extremamente culta e inteligente para alguém com apenas treze anos de idade. E apaixonei-me completamente por você nesta época. Completamente, perdidamente, inevitavelmente, Gina. E, quando pensei que fosse errado, quando pensei ter de desistir de meus sentimentos pela senhorita, descobri que era-me impossível. Com tudo o que vivemos, com tanto que crescemos, com tudo o que aprendi sobre você, nunca foi possível que isso mudasse. De fato, meus sentimentos apenas cresciam, a cada olhar, a cada briga, a cada conversa. E, receio, minha querida Gina, que eu não suporte mais um minuto sequer sem tê-la. Por favor, Gina, prive-me de tanto sofrimento. Case-se comigo."

Fragmento de 'só uma coisinha pra escola', de Manuela Napoleão.

2 de junho de 2010

"Planejo dar um baile, quem virá? Planejo dar-lhe um vestido lindo, aceitará? Planejo surgir no baile a seu lado, para não ser egoísta ao ponto de privar a todos de tal beleza e pureza. Planejo belas músicas e cores. Planejo um belo luar, e belas estrelas. Planejo, aceitará? Não importarão a mim os pensamentos alheios. Só aos pensamentos dela servirei, e só por eles guiar-me-ei. Oh, penso que rosas são as ideais. Rosas com um lindo vestido, aceitará? Será, certamente, uma noite maravilhosa. Privar-me-ei de qualquer tipo de cortesia dirigida a qualquer pessoa que não ela. Não importa a mim o que eles pensarão. Nunca importou, de fato. Aceitará? E caso não aceite? Caso recuse também a mim? O que farei? Não suportaria nem um minuto sem minha bela M.J. Não suportaria uma recusa. Mesmo que não houvesse vestido algum, rosa alguma, música, luar, baile algum. Eu abriria mão de qualquer luxo por ela. Ainda que nada mais houvesse, havendo permissão para visitar-lhe, há paz em meu coração insano e perdido. Coração tão completamente e precocemente entregue a M.J."

Fragmento (inédito) de "Livro dois", de Manuela Napoleão.

18 de maio de 2010

Simples conversa.

"Eu preciso do meu príncipe. Pelo menos do atual. Do Will. PRECISO ESCREVER! Preciso entrar na faculdade, preciso terminar um livro, preciso comprar uma casinha, ou até um chalé no meio do nada, no meio de campos, perto dum lago. Preciso me casar, preciso calar a boca, mas meu coração não se cala!
Preciso fugir.
Preciso ver pinguins, baleias ou leões. Preciso ir a um show, do Switchfoot, do Cirque du Soleil. Preciso ir ao Canada, melhor, preciso ir à Inglaterra, preciso ver museus, preciso ver óperas. Preciso nadar, ou balançar num balanço, numa casa de serra, pegar quantas flores puder...
Pra você fugir comigo. Pra nós criarmos um labrador, ou um husk, pra nós descobrirmos tudo, e pra tirarmos fotos dos leões e irmos a um show do Hillsong, ou do John Mayer, imagina!..." .
"Acabo de ter a honra de receber sua carta, pela qual peço que aceite os meus sinceros agradecimentos. Estou muito preocupado em saber que algo em meu comportamento na noite passada não recebeu sua aprovação, e embora me sinta incapaz de descobrir o que fiz para ofendê-la, suplico-lhe que me perdoe e posso lhe garantir que agi inteiramente sem a intenção de lhe magoar. Jamais me lembrarei da minha relação com sua família em Devonshire sem o prazer mais profundo, e quero acreditar que ele não será rompido por algum engano ou má interpretação das minhas ações. Meu afeto por toda sua família é muito sincero, mas se tive a infelicidade de dar motivo para que acreditasse em algo além do que eu realmente sentia, ou quisesse expressar, devo recriminar-me por não ter sido mais cuidadoso com as manifestações dessa estima. Se alguma vez quis dizer mais que isso, deve considerar impossível, quando entender que meus afetos já estão comprometidos há muito tempo em outra parte, e não se passarão muitas semanas, creio, antes que se cumpra esse compromisso. É com grande pesar que obedeço a sua ordem de devolver-lhe as cartas com que me honrou e o cacho de cabelo com que tão gentilmente me presenteou. Sou, minha querida senhora, seu mais obediente e humilde servo, John Willoughby".
Fragmento de "Razão e Sensibilidade", de Jane Austen.


Foi um susto, de fato. Um tapa na cara. Minha querida J.A. demonstra maravilhosamente, com certas diferenças, algo com o que me identifico, como sempre. De Marianne para Willoughby gritante e repentinamente.

15 de maio de 2010

"Lembra quando eu disse que entendia um pouco de Amor? Não era verdade. Eu entendo muito de Amor. Eu já vi. Eu vejo há centenas e centenas de anos. É a única coisa que faz suportável observar o seu mundo. Todas essas guerras, dor, mentiras, ódio me fazem querer dar as costas e nunca mais olhar. Mas observar o jeito que a humanidade consegue amar... Pode procurar no mais longe recanto do universo, nunca vai encontrar nada mais bonito. Por isso... Sim, eu sei bem que o Amor é incondicional, mas também sei que pode ser imprevisível, inesperado, incontrolável, incontido e estranhamente fácil de ser confundido com aversão. E... O que... O que estou tentando dizer, Tristan, é... É que eu acho que amo você. Meu coração, é como se meu peito mal pudesse contê-lo. Como se ele não... Como se ele não pertencesse mais a mim, mas pertencesse a você. E se você quisesse, eu não iria te pedir nada em troca. Nem presentes, nem bens, nem demonstrações de devoção, nada. Nada além de saber que me ama também. Só seu coração, em troca do meu." - Yvaine (Stardust)

10 de maio de 2010

É mais ou menos isso o que acontece.

Mas afinal, o que é realmente estar apaixonada? Conforme meu querido amigo dicionário, apaixonar(-se) significa encher(-se) de entusiasmo, arrebatar(-se). Quando você conhece uma pessoa e ela lhe chama a atenção por algum motivo, você passa a querer conhecê-la cada vez melhor. Assim vai conhecendo, e descobrindo quem a pessoa é, como ela é. Analisa a pessoa como um todo, descobre sobre seu caráter, seus princípios e seus valores. Quando descobre o bastante para gostar dela, passa a gostar dessa pessoa (como pessoa). Se gosta da pessoa, e ela gosta de você, surge uma amizade. E se a amizade é boa, com o tempo, ela voa. Se é uma boa pessoa, de carátaer admirável e tudo o mais, é muito normal que tornem-se cada vez mais amigos. E com o crescimento e amadurecimento da amizade, conhece-se ainda mais a pessoa, a admira-se. Incluindo-me na história (e como prefiro a primeira pessoa), nós admiramos sim nosso amigo. Mas, logo logo, o que era uma simples amizade torna-se amizade essencial. E com isso, o que sentimos muda. A intimidade aumenta, e a amizade fica mais séria, com tudo de bom que você já viu nele. Assim, de 'meu amiguinho lindo' ele passa para 'meu lindo', somente. É muito engraçado. Nessa parte, passamos a considerar algo além de amizade. Considerar, foi o que eu disse. Vale ressaltar que tudo isso acontece em tempo considerável. O tempo é fundamental e necessário. Então, 'meu lindo' começa a ser especial demais para mim, e vira meu enamorado. Um enamorado é simplesmente o objeto da sua paixão, porque, nesse ponto, o que sentimos pelo nosso amigo vira paixão. Mas, lembre-se: ao longo do tempo no qual acontecem essas mudanças, seu enamorado SEMPRE deve estar em completa avaliação. Só que, apaixonada por ele, você só consegue ver o quanto ele é ótimo para você e o quanto você gosta dele. A paixão é meio ceguinha. E é nessa parte que eu prefiro parar, porque não tenho experiência alguma na próxima parte. Mas finjamos que eu tenho e prossigamos. Depois da paixão, com a contínua convivência, com o aprendizado sobre seu enamorado, e vendo que o que ele sente por você se assemelha ao que sente por ele, a paixão se torna amor. Mas paixão e amor são muito diferentes. A paixão dura, em média, dois anos, e depois deles, amamos. Pessoas são bichos complicados, logo, casais são complicados em dobro. Cada caso requer avaliação diferente quanto ao próximo estágio. Depois de ele ser seu enamorado, você e ele devem mais do que nunca ser críticos apesar do amor que sentem. Veja todos os prós e contras, tudo o que prejudica e ajuda. Para namorá-lo você deve, antes de tudo, ver se ele é adequado ao que Deus espera para você, e vocês devem namorar com inclinação para casamento. Que mané inclinação para casamento? Ora, eu acho sim que cristãos devem namorar com intuito de casar, mesmo não sabendo se 'intuito' é o termo que procuro. Porque, por exemplo, vai que vocês dão tão certo que ele te pede em casamento. E aí, vai casar com um cara que tem chulé e fala um monte de palavrão só porque bateu o dedinho na porta? (Mas que péssimo exemplo). Acho que antes de namorar alguém deve-se ser MUITO crítico(a). Então, estando tudo certinho e adequadinho com tudo o que somos, com tudo o que ele é, com nossas famílias e principalmente com Deus, namoramos. Oh, mas que assunto apaixonante esse, não? Mas, caso eu persista nele acabo estragando mais ainda essa porcaria de texto. Então sairei desse mundo onde tudo é tão meu. [Mas volto já!]

29 de abril de 2010

Carta - Dia das Mães - 2010

Fortaleza, 29 de Abril de 2010
Mamãe,
Realmente, uma carta é a melhor lembrança que eu posso dar pelo dia das mães, já que não conseguiria compor uma boa música, ou fazer (comprar) presente bom o bastante para você. Eu sei, a carta também não é boa o bastante, mas é mais possível, mais confortável, para mim, escrever, como você sabe.
[...]
Lógico! Não dá nem pra imaginar ter alguém diferente como minha mãe - estou "mal acostumada". Acontece que Deus sabe infinitamente mais que nós duas juntas, e sabe que você é a mãe que qualquer jovem quereria ter, mãe. Basta olhar pros rostos das minhas amigas, por exemplo, quando me chamam à praia e dizem: "Chama tua mãe pra ir com a gente, Manu! Eu adoro tua mãe, ela é tão diferente da minha..." Ahá! Ela é MINHA! Eu já te disse isso, mas sou muito invejada pela mãe que tenho. Mas, mãe, isso é só consequência. Já peguei briga com amigos meus dizendo: "Não, os MEUS PAIS são os MELHORES DO MUNDO!" Em toda carta eu digo isso, ? Ora, não dá pra não dizer.
Sabia que eu gosto muito quando dizem que pareço contigo? Claro que gosto. Você é o maior exemplo de mulher (pessoa, profissional, esposa, mãe, cristã, tudo) para mim! Herdei muito do teu gosto, do teu senso e do teu jeito ('teu' não, 'seu', porque estou escrevendo na terceira pessoa...) e eu sou parte de você, naturalmente.
Mãe, eu te amo. Um feliz dia das mães.
Manuela.

18 de abril de 2010

Campos floridos, frescor dos ventos, azul do céu, tão belas canções, e alguém está só. Soberania e poder absoluto, mas não controle. Nenhum súdito, nenhum sucessor, nenhum visitante, e, principalmente, nenhuma companhia. A felicidade ainda reina, a música ainda fortifica, palavras ainda são, mas aventuras não tão frequentes. Amor? Nem sequer pode contê-lo, e objeto não se vê algum. Busca há, mas tanta crítica. São tempos contrastantes para tão magnífico lugar.

26 de março de 2010

Trevas.

Às vezes eu apenas observo. As pessoas, suas atitudes. Às vezes eu paro e me isolo. Só pra ver no que dá. Pessoas são criaturas cujos comportamentos despertam em mim um interesse imenso. Infelizmente, eu tendo sempre a esperar o bem dessas pessoas - por parte delas. Nunca me passa pela cabeça um engano, uma trapaça, uma falta de ética, de respeito. Decepção. Pessoas decepcionam e são decepcionadas. Às vezes, sob a mais pura e singela aparência esconde-se um coração maligno e um caráter horrível.
Eu não gostaria, aqui, de generalizar, aliás, longe de mim tal julgamento insensato. Mas é fato: me decepciono, em geral, com as pessoas. Desde pequeninas demonstrações de inveja ou qualquer tipo de desmotivação por parte de pessoas bem próximas de mim, até demonstrações de pura e simples maldade em corações - graças a Deus - mais longes do meu. Lastimável. Eu não entendo. O mal não deveria ser algo ruim? As pessoas não deveriam fugir do mal? Utopia. Lastimável. Ingenuidade minha, como sempre.

16 de março de 2010

"Você é o melhor juíz da sua própria felicidade. Se prefere o senhor Matrin a qualquer outra pessoa, se pensa que ele é o homem mais agradável com quem já esteve, por que deveria hesitar? Você corou, Harriet... Por acaso acaba de pensar em alguém que se encaixa nessa definição? Harriet, Harriet, não decepcione a si mesma! Não se deixe levar por agradecimento e compaixão. Neste momento, em quem está pensando?"
Fragmento de "Emma", de Jane Austen.
Que eu não seja mais uma Harriet Smith. Que eu ame, verdadeira, definitiva e veementemente.

14 de março de 2010

"-Costumo seguir uma regra geral, Harriet; a que diz que se uma mulher duvida se deve ou não aceitar o pedido de casamento de um homem, com certeza deverá recusá-lo. Caso ela hesite em dizer "sim", deverá dizer "não" diretamente. Não é seguro casar-se quando se tem sentimentos dúbios, quando apenas metade do coração se acha empenhada."
Fragmento de "Emma", de Jane Austen.
Incrível. Maravilhei-me ao ler este pedaço de "Emma" no qual Jane Austen confirma uma hipótese que há muito eu praticava. Em caso de dúvida, não faça.

3 de março de 2010

"Pela primeira vez, comecei a sentir-me mal na presença de Will. Era como se toda a causa do meu sofrimento se relacionasse diretamente a ele. Ele estava mudando algo em mim, mas eu ainda precisava descobrir o quê.
Meu humor já havia mudado quando falamos sobre o lago atrás da macieira. De repente, o príncipe pulou, lembrando-se de algo importante."

Fragmento de "Livro dois", de Manuela Napoleão.

25 de fevereiro de 2010

Negligentemente sonho...

Negligência s.f. - Incúria, falta de diligência, desleixo. Falta de atenções, menosprezo.

O negligente é arrogante, sabe. Preguiçoso, ignorante. O negligente ignora as pessoas e os seus afazeres, as suas responsabilidades... Ignora verdades importantes, ao negligente falta sabedoria.
A negligência com o tempo é uma lástima. É um defeito terrível. Percebo o quanto sou burra quando sou negligente com relação às vinte e quatro horas que Deus me dá todos os dias. Sou negligente, admito. Então começo a pensar em tudo o que eu gostaria de fazer, mas que não posso fazer, porque deveria ter feito outra coisa antes, e, antes, outra, e outra... Isso agonia - agoniza. Então percebe-se que o tempo foi gasto sem o respeito às prioridades. É desesperador não se ter mais tempo de fazer o que se quer. Mais desesperador ainda é não se ter mais tempo de fazer o que se precisa. Mas você engole. Vai ignorando, ignorando, e sendo negligente. E isso te consome, realmente. Você se entristece, se enraivece, e, revoltada, começa a sonhar novamente... Sonha com tudo o que tem vontade de fazer, que gaste ou não gaste tempo. E você sonha. É maravilhoso estar num mundo onde você faz o que gosta e está com quem ama... Paisagem perfeita, clima perfeito, o céu, a vegetação... Tudo tão bom. Onde só se dança e canta sem parar... A mais bela trilha sonora, os mais belos dizeres e livros em tremendo ciclo...Então você, revoltadamente, se deixa levar pelas maravilhas de um sonho quase tão real quanto o tempo que você não tem, e você, simplesmente, dorme. E sonha...

21 de fevereiro de 2010

"quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2010"

O melhor de quebrar a cara é aprender algo bom. Aprendi. Aprendi a ser cada vez mais eu, a confiar cada vez mais nos meus princípios, a sobreviver a críticas sem sentir vontade de me adequar à sociedade atual. Não... Adequar? NÃO. Isso não sou eu. Não há verbo no imperativo e na primeira pessoa, mas eu o usaria agora se houvesse. E esse verbo seria 'ser'. "Que eu seja eu" com mais força e fervor.


"Obrigada meu Deus, por me abrir os olhos outra vez. Obrigada por tudo o que és. Obrigada Pai por ser dono do meu viver."


E aos poucos, aquela romântica* apaixonada, leitora acima de tudo, amante da vida bela, criança de loucuras ingênuas, artista por paixão e menininha de amores platônicos ressurge.

*romântico: adj./s.m. Partidário do Romantismo.

22 de janeiro de 2010

"domingo, 17 de janeiro de 2010"

Tem sido mais difícil, depois de você. Você tem me feito sorrir demais, feliz demais. Tem sido mais difícil manter-me centrada. Tem sido incerta minha inspiração, e menos certa ainda a habilidade de expressá-la. Você me transformou num alguém que há tanto eu não via. Você me ensinou coisas que há tanto eu não percebia. Coisas simples, valores. Você me devolveu a graça de um capricho, a singeleza de uma risada, de um momento. Devolveu a cor ao meu mundo caído. Deu nova razão ao meu apreço e carinho pela vida que me foi dada.
Desejo a ti, meu Doce, as mais belas alegrias, momentâneas e eternas. Desejo o mais carinhoso beijo, o mais cuidadoso abraço. Porque é isso o que recebo de ti. O mais radiante e sincero sorriso, e as mais verdadeiras palavras. Desejo a nós tudo o que distância nenhuma poderá nos tirar. Desejo-me a ti, e te desejo a mim. Porque esse é o nosso tempo, meu Bem. Essa é nossa hora, e esse o nosso agora. Somos nós dois, agora, e essa é a época da nossa junção. Que espaço não nos separe.