26 de outubro de 2009
17 de outubro de 2009
11 de outubro de 2009
Conto (I)
Estavam, ambos, atrasados para seus respectivos compromissos. Dentro do carro, ouviam música, cuja função era lhes tirar o estresse causado pelo trânsito da cidade. A música não ajudava. Os carros na rua eram como abelhas em uma colméia, o que fazia com que eles pegassem o mesmo sinal muitas vezes. Quando, enfim, cruzaram o sinal verde, pararam novamente. A sensação que tinham era de que o tempo passava mais depressa que o normal. Parados atrás de nove outros carros, viram o sinal abrir e a outra faixa de carros mover-se, ao contrário da que estavam. O primeiro carro de sua faixa estava imóvel. Todos os outros carros já buzinavam impacientemente. Passar à outra faixa era impossível, devido à velocidade dos carros que nela passavam. Os minutos avançavam e o atraso aumentava. O homem, tomado completamente por raiva, estresse e impaciência, desceu de seu carro em direção ao carro que estava parado. Ao som de inúmeras buzinas, ele aproximou-se daquele carro, nervoso. Em frente ao carro parado, abaixou-se a fim de falar com o motorista. Uma mulher pálida, toda ensanguentada, com graves ferimentos na cabeça, hematomas e marcas de espancamento, morta, estava sentada ao volante do carro que não se movia.
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