26 de março de 2010

Trevas.

Às vezes eu apenas observo. As pessoas, suas atitudes. Às vezes eu paro e me isolo. Só pra ver no que dá. Pessoas são criaturas cujos comportamentos despertam em mim um interesse imenso. Infelizmente, eu tendo sempre a esperar o bem dessas pessoas - por parte delas. Nunca me passa pela cabeça um engano, uma trapaça, uma falta de ética, de respeito. Decepção. Pessoas decepcionam e são decepcionadas. Às vezes, sob a mais pura e singela aparência esconde-se um coração maligno e um caráter horrível.
Eu não gostaria, aqui, de generalizar, aliás, longe de mim tal julgamento insensato. Mas é fato: me decepciono, em geral, com as pessoas. Desde pequeninas demonstrações de inveja ou qualquer tipo de desmotivação por parte de pessoas bem próximas de mim, até demonstrações de pura e simples maldade em corações - graças a Deus - mais longes do meu. Lastimável. Eu não entendo. O mal não deveria ser algo ruim? As pessoas não deveriam fugir do mal? Utopia. Lastimável. Ingenuidade minha, como sempre.

16 de março de 2010

"Você é o melhor juíz da sua própria felicidade. Se prefere o senhor Matrin a qualquer outra pessoa, se pensa que ele é o homem mais agradável com quem já esteve, por que deveria hesitar? Você corou, Harriet... Por acaso acaba de pensar em alguém que se encaixa nessa definição? Harriet, Harriet, não decepcione a si mesma! Não se deixe levar por agradecimento e compaixão. Neste momento, em quem está pensando?"
Fragmento de "Emma", de Jane Austen.
Que eu não seja mais uma Harriet Smith. Que eu ame, verdadeira, definitiva e veementemente.

14 de março de 2010

"-Costumo seguir uma regra geral, Harriet; a que diz que se uma mulher duvida se deve ou não aceitar o pedido de casamento de um homem, com certeza deverá recusá-lo. Caso ela hesite em dizer "sim", deverá dizer "não" diretamente. Não é seguro casar-se quando se tem sentimentos dúbios, quando apenas metade do coração se acha empenhada."
Fragmento de "Emma", de Jane Austen.
Incrível. Maravilhei-me ao ler este pedaço de "Emma" no qual Jane Austen confirma uma hipótese que há muito eu praticava. Em caso de dúvida, não faça.

3 de março de 2010

"Pela primeira vez, comecei a sentir-me mal na presença de Will. Era como se toda a causa do meu sofrimento se relacionasse diretamente a ele. Ele estava mudando algo em mim, mas eu ainda precisava descobrir o quê.
Meu humor já havia mudado quando falamos sobre o lago atrás da macieira. De repente, o príncipe pulou, lembrando-se de algo importante."

Fragmento de "Livro dois", de Manuela Napoleão.