2 de junho de 2010

"Planejo dar um baile, quem virá? Planejo dar-lhe um vestido lindo, aceitará? Planejo surgir no baile a seu lado, para não ser egoísta ao ponto de privar a todos de tal beleza e pureza. Planejo belas músicas e cores. Planejo um belo luar, e belas estrelas. Planejo, aceitará? Não importarão a mim os pensamentos alheios. Só aos pensamentos dela servirei, e só por eles guiar-me-ei. Oh, penso que rosas são as ideais. Rosas com um lindo vestido, aceitará? Será, certamente, uma noite maravilhosa. Privar-me-ei de qualquer tipo de cortesia dirigida a qualquer pessoa que não ela. Não importa a mim o que eles pensarão. Nunca importou, de fato. Aceitará? E caso não aceite? Caso recuse também a mim? O que farei? Não suportaria nem um minuto sem minha bela M.J. Não suportaria uma recusa. Mesmo que não houvesse vestido algum, rosa alguma, música, luar, baile algum. Eu abriria mão de qualquer luxo por ela. Ainda que nada mais houvesse, havendo permissão para visitar-lhe, há paz em meu coração insano e perdido. Coração tão completamente e precocemente entregue a M.J."

Fragmento (inédito) de "Livro dois", de Manuela Napoleão.

4 comentários:

  1. Esta parte nem no livro está, nem pretendo que esteja, a não ser que eu crie um tipo de outro livro, mas contado por ele, não por ela, como é o original. E, mesmo que ela relatasse tudo isto, ainda não estaria no original, ainda não defini essa história de baile diereito. Ah, esqueça. Já estou falando demias sobre ele.

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  2. INÉDITO!
    Mt, mt, mt, mas mt parecido com um texto meu! Só que com o glamur da sua mente e palavra.
    E não é por nada não mas meu texto é ótimo.
    Ps.: Texto integro! =p

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  3. Quero muito poder ler esse livro, como ele está até aqui. Pois, pelo pouco que dá pra perceber, está ficando sensacional. Você tem um estilo muito sensível e um nível gramatical e literário elevadíssimo! Você vai longe......

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  4. João: como sempre, não entendi o que disse. Anônimo: não imagina o quanto fico feliz lendo isso. Muito obrigada, mesmo. Tudo o que eu disser aqui é muito pouco pra dizer como me sinto lendo seu comentário. Não sei quem é, e, mentindo ou não, eu acreditei, dessa vez (talvez porque eu quero muito acreditar no que você disse). Infelizmente, acho difícil demais que você leia o livro, um dia (a começar, principalmente, por seu anonimato), mas enfatizo meu lisonjeio pelo que disse.

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