31 de outubro de 2010

hum.. quando alguém fala em Deus qual a primeira coisa que vem no seu pensamento?

É Deus, ora... Deus é amor, misericordioso, magnífico demais pra qualquer mortal... Penso na grandiosidade, na imensidão do Seu poder, na beleza do Seu caráter e em como eu (nem ninguém) vai nunca conseguir chegar perto de conhecer Sua personalidade corretamente. Deus; é muito no que se pensar. E sempre me leva a me arrepender, de tudo, tudo. De ter sentido vontade de dizer um palavrão quando bati meu dedo na parede, de ter desobedecido aos meus pais. Essa é outra parte de Deus da qual muitos esquecem frequentemente: o Espírito Santo. E, sabe, Ele habita em nós. É quem nos faz perceber: caramba, eu vacilei. Mas Ele também é o Deus Filho, que se fez homem e deu a própria vida pra que nós não perecessemos mas tivéssemos a vida eterna! É simplesmente maravilhoso demais pra descrever. Você precisa experimentar.

O que queres que eu te diga? :D

11 de outubro de 2010

É por coisas como esta que não se deve questionar o amor

Foi um dia perfeito. Um dia como poucos já conseguiram ser. Eu fui feita feliz. Pessoas a quem amo me fizeram feliz, desde a noite anterior. Saí de casa, aproveitei o meu dia, aproveitei o meu momento. Chegando em casa, mais doces pro meu ego. Mensagens carinhosas, incluindo a sua. Eu estava lendo e respondendo a cada uma com carinho. No momento em que vi a sua, as lágrimas jorraram como se tivessem sido acumuladas por um longo tempo. E foram. Eu vi seu rosto lá, vi seu desejo de bons acontecimentos na minha vida. Isso doeu tanto. E dói ainda mais pelo quanto você não faz idéia disso. Você nem imagina que eu sofro. E, conhecendo você, isso não faria muita diferença. Acho que essa foi a primeira mensagem via internet que você me mandou nas nossas vidas. E por que? Por que assim manda os costumes e a etiqueta, não é? Machucou. E, ao mesmo tempo, foi maravilhoso ver que não fui esquecida por você, pelo menos no meu aniversário. Você nem sabe, não é? Você nem sabe que o amo, nem sabe que tenho tido o coração riscado cada vez que ouço seu nome, cada vez que me lembro do quanto você despreza a própria vida. Por que você despreza sua vida enquanto estamos nós aqui sofrendo tanto por você? Você possui uma das mentes mais brilhantes que eu já vi e conheço, mas, será que isso não é o bastante pra te dar senso e razão? Será que isso não te tira essa cegueira de pensar ser tão auto-suficiente em si mesmo? Você era meu exemplo até o momento em que mostrou ser menor que o próprio orgulho. Você tem feito as piores escolhas em cujas conseqüências eu não suporto sequer começar a pensar. Eu só queria ter voz pra você, só queria que você ouvisse poucas palavras do muito que tenho a dizer. Mas você não ouve, nem nunca ouviu. Você é uma das causas pelas quais me desespero na presença do meu Deus, do qual você mesmo precisa tanto e faz questão de continuar fingindo que não. Mas saiba que eu sempre estive aqui, lutando por você, disposta a fazer o que quer que seja, amando você independente do fato de você não me amar mais. Eu estou aqui, meu primo querido, porque nada que você possa fazer à sua vida mudará o fato de que nós dois somos primos.

5 de outubro de 2010

Desventuras de uma artista perturbada.

Não sei se o ‘problema’ sou eu, deve ser. Mas a Música é algo magnífico demais para mim. Sempre senti isso. Minha mãe me conta sobre quando eu tinha uns três aninhos… Reunião de família, almoço na casa da vovó, primos nos quartos dos tios mais novos… Ela conta que eu chegava chorando muito do nada. Ela perguntava: “O que houve, minha filha?”, eu dizia: “Música triste!”, numa vozinha errada e gemida. É, a Música sempre me afetou muito. Ela muda meu humor. Sim, ela tem esse lindo poder sobre mim. Depois da fase “musca tiste” - que inclui todos os dias escutando clássica e dançando ballet assim que chegava da aulinha - comecei a estudar piano, comecei a me musicalizar, de verdade. Eu ia bem. Tinha um ouvido musical maravilhoso. Mas eu era desleixada e preguiçosa - sim, desde criança. E pensava que o piano tinha a obrigação de me fazer tocar bem. Quando descobri que ele não faria isso, parei de tocar. Eu era uma criança ridiculamente idiota e mimada, mesmo. Foi o segundo pior erro da minha vida. Foi então que comecei a pintar - sim, pintura em tela com tinta a óleo - e fazer aulas de teatro. Pintei e atuei por uns dois anos e parei porque era irresponsável ao ponto de precisar sacrificar o tempo da pintura e do teatro com estudo - ou fingimento. Então, parei o piano, parei a pintura, parei o teatro, mas a dança continuava. Eu comecei a dançar aos quatro de idade. E a dança te dá rítimo, mesmo que não dê musicalidade em si. E com o sapateado fui me mantendo bem na questão do rítimo - bem pra quem não estudava mais música. Então, - depois de uns quatro anos - com todos os olhares irresistíveis que meu piano me dava todos os dias, resolvi voltar a tocar. Tarde demais? Talvez, mas eu tentei. Tentei e venho tentando. Dancei por cerca de dez, onze anos de minha vida, parei com quinze anos. O motivo? Fui desestimulada por certa situação e negligente com certa outra - ou seja, burrice. Mas eu sinto falta, sim, da dança. Impossível não sentir quando se dança desde os quatro. Mas, mais ou menos aos treze anos, comecei a ler. Me envergonha ter começado tão tarde, mas é fato. E, começando a ler, comecei a escrever. E ler e escrever, hoje, nem parecem mais atividades. São hábitos, hábitos necessários. Voltei a tocar não faz muito tempo, mas já consigo ler, mesmo que com dificuldade, bastantes músicas. Não, nunca é o bastante. Digamos que minha leitura não é de toda ruim. Mas aí, a vida me puxou a orelha. Pensando no futuro, pensando em profissão, vim ao Canadá estudar inglês. Parei minha música, de novo, e isso me tortura. Porque sinto que já perdi tempo o suficiente. Não me sinto musicalizada o suficiente, não me sinto culta musicalmente. E esse é meu anseio, ou um deles. O estudo de línguas estrangeiras é um deles, mas é difícil balancear. Penso em voltar a pintar, penso em aprender a cantar, penso em aprender a tocar mais uns três instrumentos, e penso em estudar alemão enquanto estiver na faculdade de Letras. O que será de mim, dos meus anseios? Um ano como o próximo requer estudo absurdo o bastante pra não me permitir nada disso. E mesmo que eu entre numa faculdade, preciso me dedicar porque não há muitas portas no mercado de trabalho pra quem se forma em Letras. E meus sonhos? E os livros que escrevo e ainda quero publicar? E as músicas que quero compor? E os instrumentos que quero tocar? E os quadros que quero pintar? E as línguas que quero falar? Onde, ou quando tudo isso vai ficar? Essa é minha angústia.