14 de novembro de 2010

Dezesseis de novembro de dois mil e dez

Ultimamente não tenho precisado de muitas palavras. Textos pequenos e diretos. Será ruim? Será uma fase? Esse será curto, rápido e focado. Sim, focado levando-se em consideração minha escrita perturbada. Acontece que eu a amo e isso diz tudo. Não encontro palavras mais fortes, porque, se houvesse, eu as diria. Eu me lembro de amigos que já me disseram "quando eu tiver uma filha, quero que ela seja como você, Manu", ou qualquer um que já tenha me elogiado, ou elogiado meu caráter. Eu lembro, porque eu sei que eu seria um monstro se não fosse por eles. E a ela devo meu gosto a literatura, a línguas e a escrita. A ela devo a atenção à gramática e todo esse jeitinho culto que ela tem e eu imito. Porque pareço com ela e não é só na aparência. E, sabe, eu tento imitá-la cada vez mais, em cada vez mais aspectos. Talvez um dia eu consiga imitar direito e me torne uma mãe tão insuperável; uma esposa maravilhosa; cristã exemplar; aluna, e tudo o mais que ela consegue ser sendo uma só.

Mãe, me perdoa por como agi hoje. Eu reconheço meus defeitos e me arrependo. Mas sinto muita, muita saudade e foi horrível passar meu aniversário sem vocês, agora é horrível passar o seu sem te ver. Feliz aniversário, mamãe. Obrigada por existir.

2 de novembro de 2010

O Q IMAGINA NESSE EXATO MOMENTO? PENSE EM ALGO QUE QUEIRA MUITO FAZER, ALGO REALMENTE INOVADOR. UM LUGAR ONDE QUERIA ESTAR.. TAITÍ? HAVANA TALVEZ. COM QUEM ESTARIA?

Eu, am.. Gostaria de estar deitada na grama olhando as estrelas. Deitada no peito de alguém que também deita na grama mexendo nos meus cabelos. Mas não qualquer um. Qualquer lugar, só não com muita luz, pra poder ver as estrelas. E silêncio, pra ouvir a respiração da pessoa que ouve meu coração acelerar.

O que queres que eu te diga? :D

31 de outubro de 2010

hum.. quando alguém fala em Deus qual a primeira coisa que vem no seu pensamento?

É Deus, ora... Deus é amor, misericordioso, magnífico demais pra qualquer mortal... Penso na grandiosidade, na imensidão do Seu poder, na beleza do Seu caráter e em como eu (nem ninguém) vai nunca conseguir chegar perto de conhecer Sua personalidade corretamente. Deus; é muito no que se pensar. E sempre me leva a me arrepender, de tudo, tudo. De ter sentido vontade de dizer um palavrão quando bati meu dedo na parede, de ter desobedecido aos meus pais. Essa é outra parte de Deus da qual muitos esquecem frequentemente: o Espírito Santo. E, sabe, Ele habita em nós. É quem nos faz perceber: caramba, eu vacilei. Mas Ele também é o Deus Filho, que se fez homem e deu a própria vida pra que nós não perecessemos mas tivéssemos a vida eterna! É simplesmente maravilhoso demais pra descrever. Você precisa experimentar.

O que queres que eu te diga? :D

11 de outubro de 2010

É por coisas como esta que não se deve questionar o amor

Foi um dia perfeito. Um dia como poucos já conseguiram ser. Eu fui feita feliz. Pessoas a quem amo me fizeram feliz, desde a noite anterior. Saí de casa, aproveitei o meu dia, aproveitei o meu momento. Chegando em casa, mais doces pro meu ego. Mensagens carinhosas, incluindo a sua. Eu estava lendo e respondendo a cada uma com carinho. No momento em que vi a sua, as lágrimas jorraram como se tivessem sido acumuladas por um longo tempo. E foram. Eu vi seu rosto lá, vi seu desejo de bons acontecimentos na minha vida. Isso doeu tanto. E dói ainda mais pelo quanto você não faz idéia disso. Você nem imagina que eu sofro. E, conhecendo você, isso não faria muita diferença. Acho que essa foi a primeira mensagem via internet que você me mandou nas nossas vidas. E por que? Por que assim manda os costumes e a etiqueta, não é? Machucou. E, ao mesmo tempo, foi maravilhoso ver que não fui esquecida por você, pelo menos no meu aniversário. Você nem sabe, não é? Você nem sabe que o amo, nem sabe que tenho tido o coração riscado cada vez que ouço seu nome, cada vez que me lembro do quanto você despreza a própria vida. Por que você despreza sua vida enquanto estamos nós aqui sofrendo tanto por você? Você possui uma das mentes mais brilhantes que eu já vi e conheço, mas, será que isso não é o bastante pra te dar senso e razão? Será que isso não te tira essa cegueira de pensar ser tão auto-suficiente em si mesmo? Você era meu exemplo até o momento em que mostrou ser menor que o próprio orgulho. Você tem feito as piores escolhas em cujas conseqüências eu não suporto sequer começar a pensar. Eu só queria ter voz pra você, só queria que você ouvisse poucas palavras do muito que tenho a dizer. Mas você não ouve, nem nunca ouviu. Você é uma das causas pelas quais me desespero na presença do meu Deus, do qual você mesmo precisa tanto e faz questão de continuar fingindo que não. Mas saiba que eu sempre estive aqui, lutando por você, disposta a fazer o que quer que seja, amando você independente do fato de você não me amar mais. Eu estou aqui, meu primo querido, porque nada que você possa fazer à sua vida mudará o fato de que nós dois somos primos.

5 de outubro de 2010

Desventuras de uma artista perturbada.

Não sei se o ‘problema’ sou eu, deve ser. Mas a Música é algo magnífico demais para mim. Sempre senti isso. Minha mãe me conta sobre quando eu tinha uns três aninhos… Reunião de família, almoço na casa da vovó, primos nos quartos dos tios mais novos… Ela conta que eu chegava chorando muito do nada. Ela perguntava: “O que houve, minha filha?”, eu dizia: “Música triste!”, numa vozinha errada e gemida. É, a Música sempre me afetou muito. Ela muda meu humor. Sim, ela tem esse lindo poder sobre mim. Depois da fase “musca tiste” - que inclui todos os dias escutando clássica e dançando ballet assim que chegava da aulinha - comecei a estudar piano, comecei a me musicalizar, de verdade. Eu ia bem. Tinha um ouvido musical maravilhoso. Mas eu era desleixada e preguiçosa - sim, desde criança. E pensava que o piano tinha a obrigação de me fazer tocar bem. Quando descobri que ele não faria isso, parei de tocar. Eu era uma criança ridiculamente idiota e mimada, mesmo. Foi o segundo pior erro da minha vida. Foi então que comecei a pintar - sim, pintura em tela com tinta a óleo - e fazer aulas de teatro. Pintei e atuei por uns dois anos e parei porque era irresponsável ao ponto de precisar sacrificar o tempo da pintura e do teatro com estudo - ou fingimento. Então, parei o piano, parei a pintura, parei o teatro, mas a dança continuava. Eu comecei a dançar aos quatro de idade. E a dança te dá rítimo, mesmo que não dê musicalidade em si. E com o sapateado fui me mantendo bem na questão do rítimo - bem pra quem não estudava mais música. Então, - depois de uns quatro anos - com todos os olhares irresistíveis que meu piano me dava todos os dias, resolvi voltar a tocar. Tarde demais? Talvez, mas eu tentei. Tentei e venho tentando. Dancei por cerca de dez, onze anos de minha vida, parei com quinze anos. O motivo? Fui desestimulada por certa situação e negligente com certa outra - ou seja, burrice. Mas eu sinto falta, sim, da dança. Impossível não sentir quando se dança desde os quatro. Mas, mais ou menos aos treze anos, comecei a ler. Me envergonha ter começado tão tarde, mas é fato. E, começando a ler, comecei a escrever. E ler e escrever, hoje, nem parecem mais atividades. São hábitos, hábitos necessários. Voltei a tocar não faz muito tempo, mas já consigo ler, mesmo que com dificuldade, bastantes músicas. Não, nunca é o bastante. Digamos que minha leitura não é de toda ruim. Mas aí, a vida me puxou a orelha. Pensando no futuro, pensando em profissão, vim ao Canadá estudar inglês. Parei minha música, de novo, e isso me tortura. Porque sinto que já perdi tempo o suficiente. Não me sinto musicalizada o suficiente, não me sinto culta musicalmente. E esse é meu anseio, ou um deles. O estudo de línguas estrangeiras é um deles, mas é difícil balancear. Penso em voltar a pintar, penso em aprender a cantar, penso em aprender a tocar mais uns três instrumentos, e penso em estudar alemão enquanto estiver na faculdade de Letras. O que será de mim, dos meus anseios? Um ano como o próximo requer estudo absurdo o bastante pra não me permitir nada disso. E mesmo que eu entre numa faculdade, preciso me dedicar porque não há muitas portas no mercado de trabalho pra quem se forma em Letras. E meus sonhos? E os livros que escrevo e ainda quero publicar? E as músicas que quero compor? E os instrumentos que quero tocar? E os quadros que quero pintar? E as línguas que quero falar? Onde, ou quando tudo isso vai ficar? Essa é minha angústia.

25 de setembro de 2010

Não podemos provar o contrário, com certeza! Miss Price, desejo-lhe um destino melhor do que ser esposa de um homem cuja amabilidade depende de seus próprios sermões, pois embora ele fique de bom humor aos domingos, é insuportável ouvi-lo reclamar da comida desde a segunda-feira de manhã até o sábado à noite”.
“Eu creio que um homem que pudesse brigar frequentemente com Fanny”, disse Edmund afetuosamente, “deve estar fora do alcance de qualquer sermão.”
Fanny aproximou-se da janela e Miss Crawford só teve tempo para dizer, de maneira agradável, “Suponho que Miss Price está mais acostumada a merecer elogios do que a ouvi-los”.

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

Explicando esse também: Miss Price e Fanny são a mesma pessoa.

24 de setembro de 2010

Mr. Crawford sorriu e caminhou em direção à Maria, disse tão baixinho que só ela poderia ouvir, “Eu não gosto de ver Miss Bertram tão perto do altar”.
Instintivamente a moça deu um ou dois passos, recuperou o fôlego e com um sorrisinho perguntou para o rapaz em um tom mais baixo ainda, “E se você me conduzir?”
“Receio que seja um pouco desajeitado!”, foi sua única resposta com um olhar significativo.

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

Esse aqui eu tenho que explicar: Maria e Miss Bertram são a mesma pessoa, que está noiva de um cara que não é Mr. Crawford. Mas Mr. Crawford tem nítido afeto (proibido) por tal dama, e ela não resiste a ele. #LoveJaneAusten

O grupo inteiro se levantou e sob o comando de Mrs. Rushworth passaram por diversos cômodos, todos muito espaçosos e ricamente mobiliados no estilo de cinquenta anos atrás. Os pisos eram lustrosos e de madeira sólida, havia ricos tecidos, mármores, dourados e esculturas, cada uma mais linda que a outra e uma enorme quantidade de quadros, sendo alguns realmente bons, mas a grande maioria deles eram retratos de família, de pessoas que só Mrs. Rushworth conhecia e cujos nomes ela aprendera com muita dificuldade e com a ajuda da governanta, que também parecia muito interessada em mostrar a casa. Naquele momento ela se dirigia a Fanny e a Miss Crawford, porém não se podia comparar a atenção com que cada um ouvia. Miss Crawford que tinha visto muitas casas suntuosas e nunca se interessara por nenhuma, aparentava ouvir só por delicadeza; enquanto Fanny, para quem tudo parecia novidade escutou com o maior interesse tudo o que Mrs. Rushworth mencionava sobre seus antepassados, suas origens e grandeza, as visitas reais, encantada por ligar os feitos a algo que realmente se passou na história, ou aquecer sua imaginação com cenas do passado.

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.

22 de setembro de 2010

"Ela não era convidada com freqüência a participar da conversa das outras mulheres e nem sentia vontade. Seus pensamentos e reflexões normalmente eram seus melhores companheiros."

Fragmento de “Mansfield Park”, de Jane Austen.