18 de maio de 2010

Simples conversa.

"Eu preciso do meu príncipe. Pelo menos do atual. Do Will. PRECISO ESCREVER! Preciso entrar na faculdade, preciso terminar um livro, preciso comprar uma casinha, ou até um chalé no meio do nada, no meio de campos, perto dum lago. Preciso me casar, preciso calar a boca, mas meu coração não se cala!
Preciso fugir.
Preciso ver pinguins, baleias ou leões. Preciso ir a um show, do Switchfoot, do Cirque du Soleil. Preciso ir ao Canada, melhor, preciso ir à Inglaterra, preciso ver museus, preciso ver óperas. Preciso nadar, ou balançar num balanço, numa casa de serra, pegar quantas flores puder...
Pra você fugir comigo. Pra nós criarmos um labrador, ou um husk, pra nós descobrirmos tudo, e pra tirarmos fotos dos leões e irmos a um show do Hillsong, ou do John Mayer, imagina!..." .
"Acabo de ter a honra de receber sua carta, pela qual peço que aceite os meus sinceros agradecimentos. Estou muito preocupado em saber que algo em meu comportamento na noite passada não recebeu sua aprovação, e embora me sinta incapaz de descobrir o que fiz para ofendê-la, suplico-lhe que me perdoe e posso lhe garantir que agi inteiramente sem a intenção de lhe magoar. Jamais me lembrarei da minha relação com sua família em Devonshire sem o prazer mais profundo, e quero acreditar que ele não será rompido por algum engano ou má interpretação das minhas ações. Meu afeto por toda sua família é muito sincero, mas se tive a infelicidade de dar motivo para que acreditasse em algo além do que eu realmente sentia, ou quisesse expressar, devo recriminar-me por não ter sido mais cuidadoso com as manifestações dessa estima. Se alguma vez quis dizer mais que isso, deve considerar impossível, quando entender que meus afetos já estão comprometidos há muito tempo em outra parte, e não se passarão muitas semanas, creio, antes que se cumpra esse compromisso. É com grande pesar que obedeço a sua ordem de devolver-lhe as cartas com que me honrou e o cacho de cabelo com que tão gentilmente me presenteou. Sou, minha querida senhora, seu mais obediente e humilde servo, John Willoughby".
Fragmento de "Razão e Sensibilidade", de Jane Austen.


Foi um susto, de fato. Um tapa na cara. Minha querida J.A. demonstra maravilhosamente, com certas diferenças, algo com o que me identifico, como sempre. De Marianne para Willoughby gritante e repentinamente.

15 de maio de 2010

"Lembra quando eu disse que entendia um pouco de Amor? Não era verdade. Eu entendo muito de Amor. Eu já vi. Eu vejo há centenas e centenas de anos. É a única coisa que faz suportável observar o seu mundo. Todas essas guerras, dor, mentiras, ódio me fazem querer dar as costas e nunca mais olhar. Mas observar o jeito que a humanidade consegue amar... Pode procurar no mais longe recanto do universo, nunca vai encontrar nada mais bonito. Por isso... Sim, eu sei bem que o Amor é incondicional, mas também sei que pode ser imprevisível, inesperado, incontrolável, incontido e estranhamente fácil de ser confundido com aversão. E... O que... O que estou tentando dizer, Tristan, é... É que eu acho que amo você. Meu coração, é como se meu peito mal pudesse contê-lo. Como se ele não... Como se ele não pertencesse mais a mim, mas pertencesse a você. E se você quisesse, eu não iria te pedir nada em troca. Nem presentes, nem bens, nem demonstrações de devoção, nada. Nada além de saber que me ama também. Só seu coração, em troca do meu." - Yvaine (Stardust)

10 de maio de 2010

É mais ou menos isso o que acontece.

Mas afinal, o que é realmente estar apaixonada? Conforme meu querido amigo dicionário, apaixonar(-se) significa encher(-se) de entusiasmo, arrebatar(-se). Quando você conhece uma pessoa e ela lhe chama a atenção por algum motivo, você passa a querer conhecê-la cada vez melhor. Assim vai conhecendo, e descobrindo quem a pessoa é, como ela é. Analisa a pessoa como um todo, descobre sobre seu caráter, seus princípios e seus valores. Quando descobre o bastante para gostar dela, passa a gostar dessa pessoa (como pessoa). Se gosta da pessoa, e ela gosta de você, surge uma amizade. E se a amizade é boa, com o tempo, ela voa. Se é uma boa pessoa, de carátaer admirável e tudo o mais, é muito normal que tornem-se cada vez mais amigos. E com o crescimento e amadurecimento da amizade, conhece-se ainda mais a pessoa, a admira-se. Incluindo-me na história (e como prefiro a primeira pessoa), nós admiramos sim nosso amigo. Mas, logo logo, o que era uma simples amizade torna-se amizade essencial. E com isso, o que sentimos muda. A intimidade aumenta, e a amizade fica mais séria, com tudo de bom que você já viu nele. Assim, de 'meu amiguinho lindo' ele passa para 'meu lindo', somente. É muito engraçado. Nessa parte, passamos a considerar algo além de amizade. Considerar, foi o que eu disse. Vale ressaltar que tudo isso acontece em tempo considerável. O tempo é fundamental e necessário. Então, 'meu lindo' começa a ser especial demais para mim, e vira meu enamorado. Um enamorado é simplesmente o objeto da sua paixão, porque, nesse ponto, o que sentimos pelo nosso amigo vira paixão. Mas, lembre-se: ao longo do tempo no qual acontecem essas mudanças, seu enamorado SEMPRE deve estar em completa avaliação. Só que, apaixonada por ele, você só consegue ver o quanto ele é ótimo para você e o quanto você gosta dele. A paixão é meio ceguinha. E é nessa parte que eu prefiro parar, porque não tenho experiência alguma na próxima parte. Mas finjamos que eu tenho e prossigamos. Depois da paixão, com a contínua convivência, com o aprendizado sobre seu enamorado, e vendo que o que ele sente por você se assemelha ao que sente por ele, a paixão se torna amor. Mas paixão e amor são muito diferentes. A paixão dura, em média, dois anos, e depois deles, amamos. Pessoas são bichos complicados, logo, casais são complicados em dobro. Cada caso requer avaliação diferente quanto ao próximo estágio. Depois de ele ser seu enamorado, você e ele devem mais do que nunca ser críticos apesar do amor que sentem. Veja todos os prós e contras, tudo o que prejudica e ajuda. Para namorá-lo você deve, antes de tudo, ver se ele é adequado ao que Deus espera para você, e vocês devem namorar com inclinação para casamento. Que mané inclinação para casamento? Ora, eu acho sim que cristãos devem namorar com intuito de casar, mesmo não sabendo se 'intuito' é o termo que procuro. Porque, por exemplo, vai que vocês dão tão certo que ele te pede em casamento. E aí, vai casar com um cara que tem chulé e fala um monte de palavrão só porque bateu o dedinho na porta? (Mas que péssimo exemplo). Acho que antes de namorar alguém deve-se ser MUITO crítico(a). Então, estando tudo certinho e adequadinho com tudo o que somos, com tudo o que ele é, com nossas famílias e principalmente com Deus, namoramos. Oh, mas que assunto apaixonante esse, não? Mas, caso eu persista nele acabo estragando mais ainda essa porcaria de texto. Então sairei desse mundo onde tudo é tão meu. [Mas volto já!]